Pergunta ao Governo Nº 2703/XII/2 - Ataque ao ensino do português em OlivençaNuma nota enviada pelo PCP a próposito da redução do número de professores de português em Olivença, o partido denuncía "o processo de redução da rede EPE, que o PCP tem vindo a denunciar, inclusivamente acusando o governo de pretender destruir o programa de língua e cultura portuguesa e o ensino do português, enquanto língua materna". O PCP questionou o Governo sobre como irá garantir a continuação do ensino de português em Olivença, depois de o instituto Camões ter acabado com os horários de língua portuguesa num colégio frequentado por 700 crianças. Numa pergunta dirigida ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o grupo parlamentar comunista relata ter tido conhecimento, esta semana, da decisão do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua de “acabar com os horários de língua e cultura portuguesa, num colégio de Olivença, frequentado por mais de 700 crianças, sendo muitas delas lusodescendentes”. O PCP diz estranhar esta medida, lembrando “a relação existente entre Portugal e Olivença” e que a presidente do Camões, Ana Paula Laborinho, ter referido “a existência de acordos com a autonomia da Extremadura sobre o ensino da língua”. Na pergunta, os comunistas perguntam ao ministro Rui Machete como irá o Governo garantir que continuará a ser ensinada a língua portuguesa naquela cidade. O PCP pede ainda a Rui Machete que confirme que “foram extintos horários de Língua e Cultura Portuguesa em Olivença” e quantos horários foram extintos e quantos professores serão dispensados. “As relações culturais existentes entre aquela cidade e Portugal não foram tidas em conta na tomada de decisão?”, pergunta ainda a bancada do PCP. |